05/09/2024
A diretoria do Clube Atlético Penapolense ainda não sabe se o time irá disputar a Série A-4 do Campeonato Paulista em 2025.
Em caso de desistência de qualquer time, a FPF (Federação Paulista de Futebol) pode convidar um substituto.
Antes do Conselho Técnico da federação, os clubes são convocados para confirmar a participação ou não.
Colorado Caieiras e Paulista de Jundiaí ficaram com as duas vagas destinadas ao campeão e vice da Segunda Divisão, a Bezinha, ao se classificarem para a final no último sábado.
A AEA, que teve a melhor campanha entre os semifinalistas, poderia ser a equipe convidada para a vaga, caso a diretora do CAP realmente peça licença do futebol profissional em 2025.
O presidente do Conselho Deliberativo do Penapolense, Nilso Moreira, confirmou essa possibilidade. ”Estamos buscando parceiros e se não encontrarmos, provavelmente vamos pedir licença do profissional” , informa.
Ainda de acordo com ele, essa decisão deve ser tomada em reunião do Conselho Deliberativo com o novo presidente do clube, que deverá assumir em outubro, após as eleições municipais. ”Hoje temos 90% de não participar. Está é a realidade”, afirma.
O principal motivo para essa possível desistência da disputa do campeonato é a dificuldade de conseguir parceiros que ajudem a custear as despesas do time, segundo Nilso Moreira.
Ele era o presidente do clube no primeiro semestre deste ano e afirma que a situação financeira do Penapolense só não é pior porque ele bancou sozinho a manutenção do time nos últimos três anos, quando foram consumidos em média, R$ 2 milhões por ano.
Perguntado se existe alguma tratativa para o Penapolense se tornar SAF, que é um clube empresa, como tem ocorrido com vários times pelo Brasil, Nilso Moreira informa que no momento essa não é uma possibilidade. ”SAF ainda não. Estamos buscando recuperação judicial” , informa.
Ele explica que atualmente está sendo feito um levantamento da dívida do clube, que deve girar entre R$ 1,5 a R$ 2 milhões.
Junção
O presidente do Conselho Deliberativo do CAP destacou o bom trabalho realizado pela AEA na Bezinha deste ano, quando a equipe retornou ao futebol profissional.
E elogiou a torcida, que compareceu em grande número para prestigiar as partidas no estádio municipal Adhemar de Barros, o que não aconteceu em Penápolis nos últimos anos.
Em média, o estádio de Araçatuba recebeu cerca de 4 mil torcedores por jogo e conseguiu reunir 6,5 mil torcedores na partida semifinal do último sábado.
“Juntando todo o público nosso na A-4 deste ano, nos sete jogos não deu 2 duas mil pessoas no estádio”, comenta Nilso Moreira.
Ele conta que torceu pela AEA e continuará torcendo e ajudando, como aconteceu neste ano com o empréstimo do zagueiro Pablo, que é do Penapolense.
Por fim, Nilso Moreira diz ser favorável a uma fusão entre o CAP, o Bandeirante de Birigui e a AEA, para formar um clube forte que tenha condições de jogar as divisões maiores do Campeonato Paulista e um campeonato brasileiro.
“A cidade sede seria Araçatuba. Precisamos esquecer as rivalidades e juntar forças”, finaliza.
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