12/09/2024
DA REDAÇÃO
A Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras celebra a graduação das duas primeiras turmas do curso de Medicina neste ano de 2024. A jornada acadêmica da turma 1, que se iniciou em 2018, encerrou-se com chave de ouro na colação de grau que aconteceu no mês de maio. Dentre os 59 alunos formados, o jovem casal Thalia Roberta Correia Campagnollo e Josué Galdino Corrêa Junior conta quais motivos tornaram a conclusão da graduação um momento tão único na vida de cada um.
Natural de Araçatuba, Josué, desde a infância, interessava-se por assuntos das áreas biológicas e curiosidades da natureza. “O meu primeiro contato com a biologia foi na quinta série e logo fiquei maravilhado ao saber ou ter conhecimento da existência do DNA. Desde então, me apaixonei por estudar biologia e, mais tarde, concluí que não poderia escolher outro curso que não a medicina, dado que ela reúne o princípio de todas as áreas da saúde, o saber e o cuidado”, conta o recém-formado.
Thalia também fala sobre a sua infância com carinho pela ciência e afirma que sempre gostou muito dos assuntos explicáveis e inexplicáveis pelo mundo científico. “Sempre tive o dom de cuidar das pessoas, desde o crescimento e desenvolvimento dos meus irmãos até o processo de enfermidade do meu avô. Eu nunca me vi fazendo outra coisa e, desde que contei para os meus pais e meus avós, eles abraçaram o meu sonho e me deram todo o apoio”, relembra. A médica ressalta a sua gratidão e felicidade por acreditar que vive o seu propósito.
Ambos destacam que iniciaram o caminho dos estudos por amor à profissão e compartilham as boas experiências de formação na FUNEPE. O casal, que antes mesmo de encerrar a faculdade, conquistou uma posição de aprovação em vários concursos públicos da região, conversou com a equipe de comunicação da instituição e relatou como anda a nova vida profissional.
Confira a entrevista na íntegra:
1. Como surgiu o interesse pelo concurso? E como foi a preparação mesmo em um período tão intenso da faculdade?
O interesse surgiu devido à indicação do professor Dr. Ronny Summer, que nos mandou mensagem, pedindo para prestarmos a prova do concurso da Prefeitura de Penápolis-SP. A preparação para as provas de concursos foi diária durante as atividades desenvolvidas ao longo do curso e internato e conseguimos aprovação para o cargo de médico clínico geral plantonista da Prefeitura Municipal de Penápolis-SP. Além disso, também tivemos aprovação nos concursos de Araçatuba, Queiroz e Getulina e seguimos aguardando o resultado de outros lugares.
2. Como foi receber a notícia de terem passado no concurso?
Recebemos a notícia com grande alegria, mas também com surpresa, dado que, além de muitos candidatos, a maioria era médicos formados e com mais experiência prática do que nós. No entanto, o fato de estarmos na faculdade, nos favoreceu quanto ao condicionamento para fazer provas, algo que se perde ao longo da caminhada.
O concurso público em questão era destinado a médicos com disponibilidade de contratação e início das atividades imediatas, não havendo possibilidade de cadastro reserva. Como estávamos ainda em período de internato, não houve tempo hábil para a nossa contratação e efetivação.
3. Medicina sempre foi um desejo de carreira profissional? Por favor, conte um pouco sobre a escolha do curso.
Josué: As áreas biológicas sempre foram muito presentes na minha vida desde pequeno, pois eu tinha muita curiosidade em saber como as coisas funcionavam e, dentre essas coisas, a natureza. O meu primeiro contato com a biologia foi na quinta série e logo fiquei maravilhado ao saber ou ter conhecimento da existência do DNA. Desde então, me apaixonei por estudar biologia e, mais tarde, concluí que não poderia escolher outro curso que não a medicina, uma vez que ela reúne o princípio de todas as áreas da saúde, o saber e o cuidado.
Thalia: Eu sempre gostei muito da área de biológicas, das coisas explicáveis pela ciência e as inexplicáveis e ainda sempre tive o dom de cuidar das pessoas, desde o crescimento e desenvolvimento dos meus irmãos até o processo de enfermidade do meu avô. Eu nunca me vi fazendo outra coisa e quando contei para os meus pais e meus avós, eles abraçaram o meu sonho e me deram todo o apoio. Hoje sou muito grata a todos, pois conseguimos e estou muito feliz vivendo o meu propósito. Eu digo que a medicina me escolheu para fazer a diferença e mudar a vida das pessoas.
4. Como foi a jornada de cada um na faculdade ao longo desses anos de estudos?
Josué: Desde o início da faculdade, sempre fui bastante dedicado aos estudos, mantendo o ritmo e condicionamento adquirido ao longo do cursinho preparatório para vestibular. Eu não gostava de fazer anotações para não perder nenhum detalhe das explicações dos professores, mas depois, em casa, verificava tudo o que foi ensinado em aula e nos livros doados por amigos e familiares ou da biblioteca da faculdade. Eu gostava de revisar a matéria na véspera da prova junto aos amigos. Eu adorava participar das monitorias ao longo dos anos nas disciplinas de saúde coletiva, fisiologia, farmacologia e clínica médica.
Thalia: Eu sempre fui dedicada aos estudos, em anotar cada palavra que o professor falava nas aulas e ler as bibliografias indicadas por eles, fazer resumos para facilitar a revisão para as provas e participar de atividades da liga acadêmica. Eu tive a oportunidade de ser monitora em algumas disciplinas como saúde coletiva, clínica médica e farmacologia, que me ajudaram muito a fixar o conteúdo e também desenvolver habilidades de comunicação, vencendo a timidez que sempre tive. No internato, nós aproveitamos ao máximo as oportunidades que tivemos.
5. E sobre a FUNEPE, como se conectaram com a instituição?
Josué: Eu escolhi a FUNEPE devido à sua localização ser logisticamente favorável para mim. Sendo natural de Araçatuba, não precisaria deixar alguns compromissos, por hora, inacabados.
Thalia: Eu sou natural de Penápolis e quando soube que a faculdade iria abrir o curso de medicina, não poderia deixar de prestar o vestibular. A FUNEPE ganhou um espaço em nossos corações devido à dedicação dos seus funcionários para com os alunos, seja na qualidade das aulas, do atendimento e dos demais serviços prestados pelos funcionários dos laboratórios, da biblioteca, da secretaria, entre outros, que não se limitam ao profissionalismo, nos fazendo sentir integrados em uma família FUNEPE. Nós sempre tivemos uma boa relação com as pessoas, conseguindo contribuir de forma ativa com a melhoria do curso.
6. Como está a vida depois de formados e quais são os projetos futuros?
A vida após a formação é muito mais agitada e corrida do que ao longo da faculdade. Agora, nesta etapa, assumimos jornadas de 12, 24 e 48 horas a fio nos hospitais, sem tempo, muitas vezes, para o lazer ou necessidades básicas, como almoçar e tomar água. É um novo desafio lidar com contratos de trabalho, abertura de empresas, gestão em contabilidade e principalmente, agendas, pois não se pode estar em dois lugares ao mesmo tempo, por mais que a gente queira.
O intuito de todo recém-formado é logo colocar em prática tudo o que aprendeu e contribuir com a saúde pública no país, por isso decidimos trabalhar por um período, identificar e definir quais as nossas habilidades pessoais para então nortear a escolha da especialidade/residência. Eu considero essa escolha acertada, visto que, durante o internato, verificamos que existe um abismo entre habilidade de fazer prova e atender o paciente na prática, ou mesmo conhecer os fluxogramas e protocolos internos dos hospitais e mesmo do SUS. Por isso, adquirir um bom conhecimento de tudo isso antes, nos capacitará ainda mais para a residência.
7. Como vocês avaliam o curso de medicina da FUNEPE? Citem os diferenciais.
Nós somos a turma I da faculdade e somente quem já foi a primeira turma um dia, sabe o tamanho das dificuldades que são enfrentadas como troca de professores, alternância de direção, falta de materiais, falta de campo de estágios, luta por melhorias. Nós temos a consciência de que não foi uma luta fácil, mas entendemos que seja como uma via de mão dupla, em que levávamos o que entendemos por necessário resolver, éramos ouvidos e a direção nos dava o parecer a respeito. Logo, caminhamos juntos pela evolução e qualificação do curso. Hoje, temos muito orgulho de tudo o que fizemos para chegar aqui e de sermos FUNEPE, tanto que fomos convidados a entrar para equipe como preceptores na disciplina de Saúde Coletiva e semiologia em ginecologia.
Fazer parte da equipe é um desejo que carregamos em nossos corações, pois assim como nossos professores lutaram por melhorias e qualificação do curso um dia, nós também queríamos fazer parte disso um dia. O convite foi uma surpresa para nós, pois não esperávamos essa oportunidade tão rapidamente. Nós aceitamos e temos o desejo de contribuir com a formação dos nossos calouros, aliviar os medos, angustias ou ansiedade que possam existir a respeito das próximas etapas que estão por vir, tranquilizando-os de que tudo dará certo e será ainda melhor do que foi para nós, pois o curso segue em constante evolução e lapidação, melhorando cada dia mais e proporcionando aos alunos o melhor do presente.
8. Como o curso contribuiu para o sucesso de vocês com diversas aprovações de concursos públicos de maneira tão rápida?
Acreditamos que tenhamos aproveitado o melhor das oportunidades oferecidas pela instituição, por meio das atividades em sala de aula, nas monitorias e no internato, em acompanhar e aprender com profissionais capacitados. Isso foi determinante para o nosso crescimento pessoal e profissional.
(Com A/I Funepe)
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