24/11/2024
Alvo de desejo dos pescadores, a carne do pirarucu tem sido bem aceita na culinária da região de São José do Rio Preto (SP). Além de ação anti-inflamatória, o peixe auxilia na redução de colesterol e triglicérides. Em dias seguidos, um pescador capturou dois exemplares de 133 kg e 161 kg em Mira Estrela (SP).
Considerado um dos maiores peixes de água doce do mundo, o pirarucu tem escamas notáveis pela textura grossa e cor dourada brilhante, características únicas.
O sabor da carne e os benefícios para o organismo transformam o peixe em um "troféu" disputado nas águas do Rio Grande, que banham o noroeste paulista.
Além de a carne ter ação anti-inflamatória no organismo, ajuda na redução dos níveis de colesterol e triglicérides no sangue, e contribui para a saúde da pele, bem como para o fortalecimento do sistema imunológico. Outro benefício é o auxílio na regulação do humor.
A proteína de alta qualidade também tem baixo teor de gordura. Por seus benefícios e pelo seu valor, a carne do peixe se torna acessível para uma parte da população.
A carne é considerada nobre. O lombo do peixe é comercializado a preços que variam de R$ 65 a R$ 75 o quilo na região. O valor médio do quilo do filé fica entre R$ 30 e R$ 40.
"Comercialmente, na nossa região, o pirarucu está sendo alvo dos pescadores devido ao paladar atrativo e a todos os benefícios que a proteína oferece".
Outro motivo para o grande interesse dos pescadores é o seu tamanho. Com dois metros de comprimento em média, o pirarucu pode pesar até 220 quilos e, dentro do cenário gastronômico, rende muitas receitas, com diferentes combinações.
Visado pelos pescadores
Esses são alguns dos fatores que tornaram o pirarucu visado pelos pescadores. Na semana passada, dois exemplares, pescados entre os municípios de Mira Estrela e Cardoso (SP), chamaram a atenção.
O guia de pesca Odair Aparecido Camargo, de 53 anos, conseguiu capturar um peixe de 2,30 metros com 161 quilos, e outro de 2,27 metros e 133 quilos, o que é considerado uma das maiores pescarias de que se tem registro no estado de São Paulo. "O desgaste físico é muito grande. O peixe luta e, às vezes, enrosca no fundo para não ser capturado. Nesses casos, o segredo é ter paciência, que eu tenho de sobra. Tenho o dia inteiro à disposição do peixe", explica ele.
O prazer de provar uma proteína saborosa e suculenta é indescritível, mas, para eles, a experiência de fisgar uma das espécies mais cobiçadas do mundo foi extremamente valiosa.
Adaptação ao Rio Grande
Há cerca de dez anos, quando começaram a surgir as primeiras capturas da espécie no interior de São Paulo, também vieram os questionamentos sobre a forma como ela foi inserida em um habitat exótico.
O que se sabe é que, originário da região amazônica, o peixe se adaptou muito bem às condições climáticas e encontrou maneiras para se alimentar e se reproduzir no Rio Grande.
No entanto, somente estudos científicos serão capazes de abordar os efeitos, a longo prazo, da presença do pirarucu no noroeste paulista.
O pirarucu ou Arapaima gigas (popularmente chamado de "bacalhau do Norte") já estava no planeta bem antes do surgimento dos primeiros seres humanos e chegou a conviver com os dinossauros, há 200 milhões de anos.
Também é conhecido como "gigante pré-histórico" e precisa ir até a superfície da água para respirar. Alimenta-se de invertebrados aquáticos, como insetos, moluscos e crustáceos.
(Com G1 São José do Rio Preto)
Então, faça seu login e tenha acesso completo:
24/11/2024 - Câmara Municipal homenageia Lipeh Silva com Comenda
24/11/2024 - "b-boy Pelé" se destaca com o breaking e o "agro"
24/11/2024 - Câmara Municipal tem 8 projetos para votação nesta segunda
24/11/2024 - Capa do jornal DIÁRIO impresso deste domingo (24)
23/11/2024 - Saúde: Prefeito destaca atendimento da telemedicina em Penápolis
23/11/2024 - Mulher faz denúncia à polícia de agressão pelo ex-companheiro
23/11/2024 - Carro roubado em José Bonifácio é encontrado em Penápolis
23/11/2024 - Especial Cine Família de Natal será no Parque Maria Chica
Voltar à lista de notíciasDiário de Penápolis. © Copyright 2024 - A.L. DE ALMEIDA EDITORA O JORNAL. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total do material contido nesse site.