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19/08/2025

Casos de câncer colorretal dobram entre jovens em hospital do interior de São Paulo

Imagem/Divulgação Casos de câncer colorretal dobram entre jovens em hospital do interior de São Paulo Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP)

Os casos de câncer colorretal dobraram entre jovens em um hospital de São José do Rio Preto (SP), no período de 2020 a 2024.
A doença ganhou repercussão recentemente após a morte da cantora Preta Gil, aos 50 anos, em 20 de julho. A filha de Gilberto Gil foi diagnosticada com câncer colorretal em janeiro de 2023, passou por cirurgia e radioterapia, incluindo um tratamento alternativo nos Estados Unidos. Mas a doença evoluiu, apresentando complicações no quadro de saúde.
O Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto registrou 19 casos em 2020, saltando para 38 em 2024, o dobro de registros da doença em pacientes com a faixa etária de 40 a 49 anos.
Os números revelam ainda que esse crescimento foi continuo, com 28 registros em 2021, 35 em 2022 e 29 em 2023.
Em entrevista ao g1, a médica coloproctologista Larissa Furlan, do HB, explica que pessoas com fatores de risco devem fazer os exames preventivos a partir dos 45 anos.
“A recomendação é que pessoas a partir dos 45 anos façam exames de rastreamento, especialmente se houver histórico familiar ou fatores de risco, como histórico familiar de câncer colorretal, doença inflamatória intestinal, obesidade e histórico de pólipos intestinais”, esclarece.
Uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) prevê o registro de 45 mil novos casos da doença em 2025 no Brasil, podendo chegar a 70 mil até 2027.
Em Rio Preto, grande parte das pessoas diagnosticadas com câncer colorretal no HB é composta por pessoas com menos de 50 anos. A instituição atende pacientes por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A doença vem passando por uma transição epidemiológica do perfil de pacientes. Nos últimos anos, notamos um aumento do número de casos em jovens (abaixo dos 50 anos), decorrente principalmente da obesidade e de hábitos de vida não saudáveis”, menciona a médica.
Após descobrir o câncer no colo do reto, um homem de 59 anos, que pediu para não ser identificado, passou por um procedimento cirúrgico para colocação da bolsa de ileostomia em maio de 2024 em São José do Rio Preto.
Em maio deste ano, ele foi submetido à cirurgia para reconstrução do transito intestinal. Com isso, deixou de usar a bolsa de ileostomia, mas não conseguiu retornar às atividades no trabalho. O homem reconhece que demorou para notar os sinais da doença.
“Eu descobri porque comecei a evacuar com gotas de sangue. Isso me assustou porque nunca tive histórico de hemorroida e fui fazer a colonoscopia. Se tivesse seguido certinho o protocolo do Ministério da Saúde, teria feito o diagnóstico precoce e já removido a lesão no ato da colonoscopia”, comenta.

Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico precoce é primordial para evitar complicações e salvar a vida do paciente. Quando o câncer é descoberto, a cirurgia para a retirada de pólipos no intestino é o tratamento mais eficaz. Após o procedimento, o paciente passa a utilizar a bolsa de colostomia em alguns casos, na qual as fezes ficam armazenadas e devem ser removidas constantemente.
“A bolsa de colostomia pode ser necessária dependendo da localização do tumor e, se necessário, a realização de radioterapia. Pode ter um caráter transitório ou definitivo, a depender do caso. Porém, os dispositivos atuais controlam bem o odor, ficam bem aderidos à pele e o paciente consegue levar uma vida normalmente após se adaptar a ela”, pontua Larissa.
Assim como aconteceu com Preta Gil, inicialmente o câncer colorretal não apresenta sintomas significativos na rotina dos pacientes. Em alguns casos, a doença é descoberta por meio do exame de sangue, que demonstra anemia. Em estágios avançados, a pessoa pode ter dores abdominais, alterações do hábito intestinal, sensação de esvaziamento incompleto do intestino ou sangramento nas fezes.
“O câncer colorretal em seu início é silencioso. Na maioria dos casos, surge de uma lesão pré-maligna chamada de pólipo, que, com o passar do tempo, vai acumulando mutações até se transformar na lesão maligna”, comenta Furlan.
A médica coloproctologista ainda observa que, devido à morte de Preta, houve aumento na procura por exames preventivos no HB em Rio Preto.

(Com g1 Rio Preto e Araçatuba)


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