Opinião

23/08/2012

Foi o tamanduá

José Fulaneti de Nadai

Depois daquele abraço com beijos na face e no pescoço, Doroteia saltitava de uma alegria incontida, como se tivesse achado um brinco perdido na infância. Devo confessar que lá fundo, um friozinho que a gente não sabe como acende me dizia que eu tinha aquele pressentimento, quando a gente tem quase certeza que uma coisa vai acontecer e procura escorraçá-la do pensamento. Mas nesse mesmo fundo frio um calorzinho ganhou chamas de gravetos e eu fiquei foi aceso. Ah, Doroteia! Disfarcei meu desarranjo, voltando a atenção pra Siá Lu. –"Mas há quanto tempo, hen, há quanto? –&quo [...]

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